E.M. Marechal Alcides Etchegoyen
Alcides Gonçalves Etchegoyen (Porto Alegre, 31 de março de 1901 - Rio de Janeiro, 17 de junho de 1956) foi um militar brasileiro.
Assentou praça em março de 1918, saindo aspirante a oficial de artilharia em 1921. Ainda jovem liderou a "Coluna Relâmpago" que, em 1926, tentou promover um levante contra a posse de Washington Luís. Com a derrota, foi exonerado do exército.
Em 1930 combateu pela revolução no Rio Grande do Sul, participando do grupo de comando revolucionário. Anistiado em novembro daquele ano, foi promovido a capitão. Nesse posto, serviu na chefia do Estado-maior da 3ª Região Militar (3ª RM), no Rio Grande do Sul. Etchegoyen, devido à sua intransigente defesa dos princípios que nortearam a Revolução de 1930, foi nomeado delegado militar revolucionário junto à 3ª RM.

Em julho de 1942 substituiu o chefe de polícia do Distrito Federal, Filinto Müller, que havia deixado o cargo. Em dezembro do mesmo ano foi promovido a coronel. Permanecendo no cargo de chefe de polícia até 31 de agosto de 1943, quando demitiu-se de suas funções, combateu o jogo do bicho e a prostituição, além de perseguir as atividades políticas de oposição ao governo.

No final de 1955 parte das Forças Armadas envolveu-se na articulação para impedir a posse do presidente e do vice-presidente eleitos, Juscelino Kubitschek e João Goulart. O primeiro passo do movimento seria a derrubada do ministro da Guerra, o general Henrique Teixeira Lott. O presidente Café Filho proibiu qualquer pronunciamento político por parte de militares, mas o general Zenóbio da Costa, inspetor-geral do Exército e amigo de Lott, infringiu esta proibição e denunciou, através de um manifesto, o "golpe branco" que estava em andamento. A atitude do general Zenóbio custou-lhe a imediata exoneração do cargo. Entretanto, alegando motivos disciplinares, o marechal Lott pediu simultaneamente ao presidente a demissão de Alcides Etchegoyen, então inspetor da Artilharia Antiaérea.
No dia 5 de novembro de 1955, enquanto Café Filho se encontrava hospitalizado, a Tribuna daImprensa noticiou que o presidente comunicara a Lott não achar conveniente a designação do general Etchegoyen para o comando da Zona Militar Norte, em Recife. Poucos dias depois, na madrugada de 11 de novembro, o marechal Lott acionou tropas do Exército para depor o presidente interino Carlos Luz. Os generais Alcides Etchegoyen e Álvaro Fiúza de Castro, recebidos por Lott no Palácio do Catete, acusaram-no de atitude violenta por ter movimentado as tropas, ouvindo do ministro que este assumia total responsabilidade por este gesto.
Até que a situação se definisse, os dois oficiais ficaram detidos. Etchegoyen ficou internado no hospital militar e o general Fiúza confinado no próprio gabinete do marechal Lott. No mesmo dia 11 de novembro, o Congresso, convocado em caráter extraordinário, considerou Carlos Luz impedido e deu posse a seu substituto legal, Nereu Ramos.
Mantendo-se em firme oposição a Juscelino e a Lott, Alcides Etchegoyen morreu no dia 17 de junho de 1956. Casou-se com Regina Guedes Etchegoyen, com quem teve três filhos.
1 Response
  1. Anônimo Says:

    OU seja um golpista que sempre participou de eventos contrários ao Estado de Direito. Se esforçou para impedir dois presidentes, que foram constitucionalmente eleitos, de tomarem posse.

    Vivemos em um país que se faz necessário rever a nossa memória pós-ditadura. Um mundo onde as escolas devem render honra à ex alunos e professores que ajudaram a construir esse país.
    Não foi Julio Cesar que moveu a roda da História mas, sim, seus soldados, os escravos e a plebe que fizeram a História do Império Romano.


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